
A palavra holografia é originária do grego, “holos” significa inteiro, e “graphos” significa registro, logo a holografia pode ser explicada como “o registro do todo”. Podemos entender um holograma como a captura da imagem de um objeto reproduzido de forma tridimensional.
Em 1947, o cientista Dennis Gabor estava estudando a possibilidade de melhorar a nitidez dos microscópios eletrônicos. O seu estudo o levou a desenvolver o primeiro holograma, e como na época o laser ainda não existia, o método aplicado consistia em utilizar uma lâmpada de arco de mercúrio e uma luz filtrada. Em 1960, outro cientista, Theodore Maiman ao inventar o laser (Light Amplification by Simulated Emission of Radiation), utilizou essa fonte no lugar da luz filtrada e percebeu que o ideal para se recriar uma imagem no plano 3D era justamente uma luz monocromática e coerente.
Posteriormente com a evolução do laser proposta pelos engenheiros Emmett Leith e Juris Upatnieks, ao ser realizado novamente o experimento de Dennis Gabor, criou-se um holograma em perfeita condição de nitidez. Com tal descoberta e mesmo depois de tanto tempo Gabor recebeu em 1971 o Nobel da Física por sua brilhante descoberta.
Holografia: Contexto Histórico
Antes de continuarmos precisamos ter em mente os seguintes conceitos:
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Luz: é uma onda ou radiação eletromagnética;
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Luz visível: é a única faixa no espectro eletromagnético que o olho humano consegue perceber;
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A luz se propaga independente da existência de um meio.
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A onda eletromagnética tem as seguintes características: vale (parte superior dela), e a crista (parte inferior). Essas ondas tem comprimento e a essa dá se o nome de comprimento da onda e a mesma possui também uma amplitude, que é a distancia da crista até o eixo de propagação;
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Fase da onda: é a direção de propagação da onda.
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Frequência: é a quantidade de oscilações ou ciclos por uma unidade de tempo;
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Período: é o inverso da frequência, logo esse é o tempo gasto para completar um ciclo ou oscilação;
O Holograma e a Luz
Existe um tipo de luz específica que possui uma frequência ideal para a formação de um holograma, que é a luz monocromática. Existem varias tonalidades dentro dela sendo as principais: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Essa luz é a ideal por conter uma frequência única.
Quando há o encontro de duas ondas, exatamente em suas cristas, há uma intensificação da luz, ou seja, uma acaba se incorporando a outra de forma que essa ser torne mais “forte”, e o contrário também ocorre, quando essas não se encontram há uma interferência destrutiva.
A luz utilizada para a criação de hologramas é o raio laser por este ser monocromático. Quando o mesmo ilumina um objeto, diversas ondas eletromagnéticas saem dele e chegam ao encontro da película, a parte do objeto que está mais próxima da película emite ondas que chegam antes daquelas que estão mais longe. Dessa forma conseguimos projetar a imagem em um plano tridimensional.
Anteriormente comentamos que assim como a fotografia o holograma também precisa ser “revelado”, nesse caso ele será registrado. O ponto de encontro dos feixes do laser (o do objeto, que é refletido, e o da película, que é direcionado a mesma), ao se cruzarem gera o fenômeno da interferência.
A película em questão ou qualquer outro material utilizado para o registro deve ser transparente, e o raio que incidirá na película obrigatoriamente deve ser semelhante ao raio que atingiu o objeto inicialmente. A imagem virtual do objeto será projetada na película uma vez que o raio laser ao se chocar com essa sofrerá mudanças, alterando assim suas configurações para que essa se assemelhe ao do feixe que atingiu o objeto em questão.
